Hoje não será dia de informação. Há duas semanas eu venho pensado
sobre o assunto, mas somente agora consegui sentar para discutir.
Você sabe a
diferença entre alimentos e produtos? Vou explicar:
Produtos é quando
há uma tabela nutricional e uma lista de ingredientes ou composição. Por
exemplo: uma caixa de cereal é um produto, pois lá você encontra uma tabela com
vários nomes com as suas devidas porcentagens, e mais embaixo, um pequeno texto
escrito: " este produto contém: açúcar, corante, amido, e etc.".
Um alimento é
quando você vai ao mercado e compra batata, cenoura, laranja, enfim, geralmente
não vem com o texto "ingredientes" ou uma tabela nutricional. Eu pelo
menos nunca vi uma cenoura que continha a porcentagem de betacaroteno
etiquetado nela.
O que quero expor
e chamar a atenção aqui são os preços. Você já parou para observar qual o custo
de um suco de frutas natural e um "suco" de frutas de pozinho?
O quilo de uma
fruta para fazer um suco pode chegar cinco vezes ou mais do preço de um sachê
de suco de frutas que rende 1 L.
Eu nunca vou
entender esta lógica. Como um alimento que apresenta substâncias naturais pode
ser bem mais caro do que um produto que tem: corantes, extrato da fruta
desidratada, conservantes, sódio, açúcar entre outras coisas? Agora me diz, um
brasileiro que ganha somente um salário mínimo por mês, vai escolher qual
opção? O mais barato é lógico. E a saúde dele? O futuro vai dizer. Hoje eu
preciso comer.
A realidade é
essa: economizamos hoje, mas daqui alguns anos gastaremos com remédios para
diabetes tipo 2 , hipertensão, gastrite e outras tantas doenças agravadas não
somente pelo estilo de vida que levamos, mas pelo o que nos alimentamos.
Neste momento,
surge alguém e pergunta: " Mas o mundo é cheio de porcaria. E os
agrotóxicos das frutas?"
Sim, os
agrotóxicos das frutas e legumes fazem mal, os antibióticos dos frangos e
carnes também. E nesse momento eu lhe aconselho: “ coma os orgânicos”.
Sim! Eu vou apanhar em praça pública, porque os alimentos
orgânicos são absurdamente mais caros e até aqueles que podem pagar reclamam. E
ficamos por isso mesmo. Aceitando o que nos oferece.
Como sou otimista, acredito que para isso também tem jeito. Eu não
vou sugerir você parar de comer ou beber aquele ou esse produto, porque agora
vou apanhar dos fabricantes que não querem ter prejuízo. Mas, não seria uma boa
ideia, você começar a escolher alimentos mais naturais? Mesmo você que tem
salário baixo que nem eu, e fica economizando para comprar uma roupa cara ou um
carro do ano, por que não investir na sua saúde hoje, para proteger o seu
futuro?
Então aparece alguém e fala: “Ah a mas é vida é curta, temos que
ter prazer hoje! Vou almoçar no fast-food (sem citar nomes)”.
Sim, a vida é curta demais para ficar sofrendo com essas mazelas.
Sim, os alimentos orgânicos são caros, então compra os não
orgânicos e lave bem as cascas e remova as sementes.
Não, nem tudo é porcaria. Se todos começarem a quebrar esse
paradigma de que “vou comer qualque coisa, porque tudo faz mal mesmo”, produtos
de ótima qualidade vão surgir mais. A oferta será maior, porque a procura será
maior.
Eu vou parar hoje por aqui. Não esqueci do pobre do tomate não,
mas se você quiser boicotá-lo para abaixar o preço, existem outros alimentos
ricos em licopeno, como o morango, pimenta vermelha, melancia, goiaba...
Barbara Bruna
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